Papel dos técnicos de saúde ambiental nas áreas de intervenção em Saúde Pública – 2009

Os técnicos de Saúde Ambiental são hoje profissionais de saúde especializados, intervenientes fundamentais na consolidação dos objectivos da saúde pública.

Tendo em conta o papel dos técnicos ao longo do tempo bem como, a sua evolução a nível académico e de especializações nas diversas áreas de intervenção ambiental, terão estes necessariamente de ser aproveitados para intervir nessas áreas de saber.

Sugere-se assim que na definição de actividades se mantenham algumas, tradicionalmente realizadas fazendo a evolução para outras mais actualizadas.

Nesta perspectiva deverão assim integrar as equipas multidisciplinares em algumas áreas como gestores de processos.

Esta é uma forma de garantir a eficácia da actuação de todas as equipas.

É assim que começa o documento “Papel dos técnicos de saúde ambiental nas áreas de intervenção em Saúde Pública – 2009“, elaborado por quatro colegas de Saúde Ambiental, para o Grupo Apoio Saúde Pública.

Técnico de Saúde Ambiental

Apresenta-nos esquematicamente uma perspectiva real da mudança de paradigma subjacente ao desempenho do Técnico de Saúde Ambiental. Esta será, porventura, uma das poucas “novidades” que nos apresentam.

Pela leitura – pouco atenta, confesso – que fiz ao documento, pareceu-me ser um texto pouco articulado. Em algumas partes com falta de enquadramento e que não reflecte, objectivamente, tudo aquilo que se faz e o que se pode fazer num contexto de Saúde Pública. Ainda assim é um começo e evidencia alguma preocupação por parte, pelo menos, deste quatro colegas que se predispuseram a elaborar o “Papel dos técnicos de saúde ambiental nas áreas de intervenção em Saúde Pública – 2009“. Por isso, parabéns!

Aos restantes, que de uma forma ou de outra, por uma ou outra razão, se mantêm à margem das mudanças em curso, sigam o exemplo da Ana Cristina Dias, do Carlos Pinto, da Filomena Sampaio e do José Peixoto e elaborem também um documento com aquele que vos parece ser o Papel dos técnicos de saúde ambiental nas áreas de intervenção em Saúde Pública.

Healthy Buildings 2009

Foi em 2006, e em Lisboa, que teve lugar a 8.ª Conferência da Healthy Buildings. Este ano a Healthy Buildings 2009 será em Syracuse, New York, de 13 a 17 de Setembro.

Os temas a abordar na Conferência serão: Indoor Environmental Quality; Performance & Productivity; Health; Indoor Contaminants; e Design & Assessment.

Healthy Buildings 2009

ISIAQ‘s Healthy Buildings 2009 Conference, hosted by the Syracuse CoE, is an international forum for the exchange of leading research and technology developments, a unique opportunity to share information and knowledge, and an extraordinary venue to network with national and global leaders and professionals in the fields of indoor air quality and healthy built environments.  Full conference registration includes access to the Exhibition and all Opportunity Exchange (OppEx) activities. To take advantage of the early registration rates, please register before July 15th, 2009.

Os eventuais interessados em participar devem garantir o registo na conferência até ao próximo dia 15 de Julho, para que dessa forma possam usufruir de taxas de inscrição mais baixas.

Este será o primeiro evento internacional em que irei participar e logo na qualidade de co-autor de um póster, resultado de algum do trabalho de investigação em que tenho participado, no âmbito dos Serviços à Comunidade promovidos pela Área Científica de Saúde Ambiental, da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa.

Tanto quanto julgo saber, na Healthy Buildings 2009 estarão, pelo menos, três Técnicos de Saúde Ambiental que irão garantir a apresentação de dois pósteres e duas comunicações orais.

Que isto sirva de motivação para aqueles que nos lêem.

A Saúde Pública e as oportunidades perdidas

Aos olhos da Federação Nacional dos Médicos (FNAM) “os novos decretos-lei sobre os serviços de saúde pública e as autoridades de saúde constituem uma oportunidade perdida”. Este é o entendimento que esta organização evidencia no seu comunicado, datado de 27 de Maio de 2009, na abordagem que faz ao Decreto-Lei  n.º 81/2009 que estabelece as regras e princípios de organização dos serviços de saúde pública e ao Decreto-Lei n.º 82/2009 sobre o poder de autoridade de saúde.

Sugiro-vos a leitura do documento e subsequente reflexão. Deixo-vos, no entanto, algumas passagens que me chamaram a atenção:

Procede a uma inexplicável “mistura” entre as competências destes serviços e o exercício do poder de autoridade de saúde, quando neste último caso existe um diploma distinto que procede ao seu enquadramento legal, tratando-se de um poder que é objecto de nomeação directa e personalizada.

Refere ainda ser “inadmissível que profissionais que não estão formalmente nomeados para assumirem essas funções [de autoridade de saúde] sejam obrigados a executá-las”. É um facto!… São realmente obrigados sem que com isso advenham as mais-valias que tantos e em tantas ocasiões, aludiram.

São estabelecidos rácios de médicos e de outros técnicos em função de números de habitantes sem terem sido, alguma vez, divulgados quaisquer critérios que os fundamentem.

No que concerne aos rácios, sugiro-vos a leitura de um outro post onde esta mesma questão é abordada, com fórmulas de cálculo muito bem apresentadas, mas muito mal definidas. Aquilo que ali podem ler é uma proposta que entretanto foi abandonada. Se é verdade que actualmente os critérios não são claros, ou simplesmente não existem, também é verdade que tanto os Médicos de Saúde Pública (MSP), como os Técnicos de Saúde Ambiental (TSA) e os Enfermeiros de Saúde Pública/Comunitária, terão visto a sua posição, entenda-se necessidade, reforçada com base nos rácios actualmente em “vigor”. A única (aparente) excepção aplica-se às Unidades de Saúde Pública cuja área geográfica de intervenção é muito grande, como é o caso de alguns Agrupamentos de Centros de Saúde no Alentejo.

As perguntas que entretanto deixo no ar são:

– Estão a ser aplicados os rácios definidos na legislação, ou está a ser desenvolvido algum esforço nesse sentido?

– Em função dos rácios definidos, serão precisos realmente mais MSP e TSA?

Tendo em conta a realidade de cada um, alguém quer responder?

As radiações UV, a praia e a inconsciência dos Portugueses

No fim-de-semana passado fui, pela primeira vez este ano, à praia.

Regra geral, nestas ocasiões, levanto-me bem cedo para, por um lado, evitar as filas intermináveis na travessia do rio Tejo e, por outro, poder usufruir da praia o tempo desejado sem que para isso esteja exposto às radiações UV nas horas de maior perigo.

Se penso em mim, muito mais penso naqueles que me acompanham, em especial os descendentes, André e Mariana de 6 e 2 anos respectivamente. Os cremes que usamos nunca estão abaixo do factor 50 de protecção e para os mais novos optamos sempre pelo factor 90. Alguns dirão que é exagero, eu digo que é precaução.

Normalmente abandonamos a praia por volta das 11 horas. Este fim-de-semana “esticámo-nos” e já passava das 11h30m quando regressámos a casa.

No trajecto que fizemos desde o areal até ao carro, várias foram as famílias que encontrámos em sentido inverso. Estavam a chegar à praia à hora em que supostamente deveriam ir embora. Algumas destas famílias, além da característica mala térmica (não sei se com ou sem o garrafão de cinco litros), levavam também pelas mãos, crianças de tenra idade. Fiquei indignado!

Será que a informação que alude aos riscos da exposição solar e às radiações UV não lhes chegou? Não!… Eu diria que são, simplesmente, inconscientes.

Gripe A (H1N1): Comunicado do Director-Geral da Saúde

Face à pertinência do assunto, deixo-vos o Comunicado do Director-Geral da Saúde a propósito do anúncio da Organização Mundial de Saúde da Fase 6 da pandemia da Gripe A (H1N1), o qual pode ser lido no sítio da Direcção-Geral da Saúde.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou hoje, dia 11 de Junho de 2009, a fase 6 da pandemia da nova gripe A(H1N1).

Esta fase indica que a transmissão de gripe na comunidade passou a ser em maior escala, designadamente em países não afectados durante a fase 5.

A passagem à fase 6 da pandemia deve-se à propagação do vírus a nível mundial e não à sua gravidade. Apesar de ter atingido um elevado número de países a nível global, o vírus tem revelado, até à data, baixa virulência.

O início da fase 6, agora anunciado para todo o mundo, não reflecte qualquer alteração imediata na situação epidemiológica de Portugal. Por esta razão, mantêm-se as medidas previstas no plano de contingência, que têm demonstrado ser eficazes.

A diversidade do padrão epidemiológico nos diferentes países poderá justificar a adopção de soluções distintas, de acordo com a realidade de cada país.

As medidas de planeamento, na fase 6, devem centrar-se na coordenação dos recursos multissectoriais, com o objectivo de diminuir os impactos sócio-económicos que, eventualmente, resultarão da extensão da pandemia a Portugal.

Nesta fase, o trabalho deve focar-se na continuidade da operacionalização dos planos de contingência a nível nacional, regional e das instituições, quer do sector público quer privado. Assim, deverá concluir-se a preparação das infra-estruturas e a organização dos recursos humanos e equipamentos necessários no período pandémico.

No Sistema de Saúde deverão ser preparadas todas as medidas relacionadas com a prestação de cuidados, quer em ambulatório quer em internamento, de acordo com as Orientações da DGS.

A evolução da epidemia em Portugal pode ter implicações resultantes de um aumento acentuado do absentismo nos diversos sectores da sociedade e de um excesso de procura dos serviços de saúde. Por isso, as estruturas de saúde, tal como outras instituições, entidades, empresas, bem como os próprios cidadãos têm de estar adequadamente informados e preparados.

Informações sobre a nova gripe A (H1N1), que estão em permanente actualização, nomeadamente todas as Orientações Técnicas, estão acessíveis no microsite da Gripe, em www.dgs.pt.

Este Comunicado deverá, desde já, ser difundido em todas as instituições do Sistema de Saúde.

Gripe Suína: para saber um pouco mais

Por sugestão do colega Duarte d’Oliveira, e porque somos leitores assíduos do “JSA“, seguimos as hiperligações que ele nos deixou no seu postGripe humana de origem suína“.

Considerando a relevância do assunto e a necessidade de esclarecer e sermos esclarecidos, aqui ficam:

A Organização Mundial de Saúde está a coordenar a resposta global para os casos humanos de gripe suína influenza A (H1N1) e a promover o acompanhamento da correspondente ameaça de uma pandemia de gripe.