Ministério da Saúde viola a Constituição da República e a lei

Deixo-vos o texto da conferência de imprensa conjunta, do Sindicato das Ciências e Tecnologias da Saúde (SCTS) e o Sindicato dos Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica (SINDITE), que foi entregue aos meios de comunicação social, a propósito da Greve dos Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica marcada para os dias 17, 18 e 19 de Fevereiro e que tinha como título “Ministério da Saúde viola a Constituição da República e a lei“.

Depois de um processo negocial exemplar, no dia 12 de Agosto de 2009, realizou-se a última reunião de negociação com o Ministério da Saúde, com o compromisso dos sindicatos apresentarem as últimas contrapropostas no dia seguinte, o que veio a acontecer, dia 13 de Agosto de 2009.
Inexplicavelmente, o Ministério da Saúde bloqueou as negociações, situação que mantém até hoje.
Entretanto, este mesmo Ministério da Saúde deu continuidade às negociações com médicos e enfermeiros.
Mais grave ainda, há dez anos que o acesso ao exercício das profissões de diagnóstico e terapêutica se efectua com licenciatura, não sendo estes profissionais remunerados como tal.

Importa referir que um Governo socialista, através do diploma que criou a actual carreira, em 1999, reconhece no seu preâmbulo, que o mesmo está desactualizado no momento da publicação, dado o novo nível de licenciatura dos T.D.T.

E, se não fosse já demasiado grave a situação laboral dos T.D.T. que, ao nível dos serviços públicos de saúde chegam a atingir mais de 50% sem contrato de trabalho estável (sem carreira), verifica-se que a empregabilidade dos últimos 3.500 licenciados, formados em 2009, ronda os 2%, não se conhecendo qualquer plano de empregabilidade, ao contrário dos outros profissionais de saúde.
Da mesma forma, e no sector privado, o exercício inqualificado vem crescendo exponencialmente, sem que o Ministério da Saúde tome atitudes visíveis, como ainda recentemente foi reconhecido pela Inspecção Geral das Actividades em Saúde.
Em face destes cenários, o Sindicato das Ciências e Tecnologias da Saúde decidiu decretar greve para os dias 17 – 18 – 19 de Fevereiro, acção à qual se associou o SINDITE, no passado dia 18 de Janeiro, determinando esta Conferência de Imprensa conjunta.

Para além da greve, os Sindicatos apresentaram já queixa na Provedoria da Justiça e vão pedir audiências parlamentares, nomeadamente à Comissão de Direitos, Liberdades e Garantias, dada a discriminação de que são alvo, em clara violação da Constituição da Republica e das leis laborais que o anterior Governo do P.S. fez aprovar e publicar.
Segundo fomos informados, também os estudantes de diagnóstico e terapêutica estão a organizar-se para desenvolver lutas nos dias 17 – 18 – 19 de Fevereiro, dada a inexistência de expectativas de emprego.
As Direcções Sindicais lamentam o incómodo que esta jornada de luta irá provocar aos utentes / doentes do SNS, contudo, esta é a única forma que encontraram para responderem à humilhação a que estão sujeitos e a um livre arbítrio do Ministério da Saúde, de todo em todo inaceitável e intolerável.

Na eventualidade do Ministério da Saúde pretender retomar as negociações antes da greve, os Sindicatos colocam como prévias condições:

  1. O compromisso escrito, por parte do Ministério da Saúde, firmado em acta, do qual conste: (i) a retoma das negociações nos exactos termos da reunião de negociação de 12 de Agosto de 2009; e (ii) a inclusão nessa acta da contraproposta apresentada pelos Sindicatos no dia 13 de Agosto de 2009.
  2. A calendarização imediata do processo de negociação, firmado em pré-acordo das partes.

Entretanto, foi enviado pelo SINDITE à Ministra da Saúde, em 15 de Janeiro de 2010, um ofício a propósito da revisão da carreira e da jornada de luta agendada para os dias 17, 18 e 19 de Fevereiro. Este ofício e a greve terão sido objecto de conversa entre colegas e futuros colegas, ontem, sexta-feira. Foi através dos futuros colegas Ivo Mota e Andreia Martins (obrigado Ivo e Andreia) que tive conhecimento deste documento, que me foi entregue em mãos e que, a seu pedido, aqui divulgo.

 

Guia Técnico: Reutilização de Águas Residuais

No passado dia 20 de Janeiro foi lançado o livro “Reutilização de Águas Residuais“, da autoria de Maria Helena Marecos do Monte do Instituto Superior de Engenharia de Lisboa (ISEL), e António Albuquerque da Universidade da Beira Interior (UBI). Para esse efeito, a Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR), entidade promotora do livro, realizou o Seminário “Reutilização de Águas Residuais“, que decorreu no ISEL com a participação de centena e meia de profissionais e investigadores do sector das águas e resíduos.

De acordo com os promotores, este livro reveste-se de grande interesse para o País em virtude de apresentar uma informação muito completa sobre a forma de reutilizar águas residuais domésticas e industriais tratadas, com as suas implicações económicas, sociais e ambientais. As águas residuais podem e devem ser encaradas como uma origem de água a aproveitar e não como um resíduo a eliminar. As vantagens imediatas são a redução de descargas de efluentes em meios receptores, reduzindo-se, desta forma, impactes ambientais associados à sua carga poluente residual, em especial em situações de escassez; podendo, por outro lado, aqueles efluentes serem utilizados como uma origem de água para diferentes usos (rega agrícola, recreativa e de espaços verdes, lavagem de espaços públicos e recarga de aquíferos, por exemplo).

Esta é uma divulgação que fazemos a pedido de um dos autores, mas será, garantidamente, um título a adquirir e a ler.

2010: Ano Internacional da Biodiversidade

Segundo a informação que recebemos da  Naturlink, O Ano Internacional da Biodiversidade é uma iniciativa da Assembleia Geral das Nações Unidas para promover a consciencialização da sociedade no que respeita à importância da biodiversidade, às ameaças que enfrenta, e à urgência dos esforços para promover a sua conservação.

São quatro as mensagens que serão veiculadas através das inúmeras acções e actividades que decorrerão um pouco por todo o mundo ao longo de 2010:

  1. Os humanos fazem parte da rica diversidade da Natureza e têm o poder de a proteger ou destruir;
  2. A Biodiversidade, a variedade de vida na Terra, é essencial para manter as redes e os sistemas que nos proporcionam saúde, riqueza, alimento, combustível bem como os serviços vitais dos quais dependem as nossas vidas;
  3. As actividades humanas estão a causar a perda da diversidade das formas de vida na Terra a um ritmo muito acelerado. Esta perda é irreversível, empobrece-nos a todos e danifica os sistemas de suporte da vida de que dependemos todos os dias. Mas podemos evitá-la; e
  4. 2010 é o Ano Internacional da Biodiversidade. Vamos reflectir sobre o que já alcançámos no que diz respeito à salvaguarda da biodiversidade e focar-nos na urgência do nosso desafio para o futuro. O tempo de agir é agora.

A nível nacional, a entidade responsável pela iniciativa é a Comissão de Coordenação Interministerial da Convenção sobre a Diversidade Biológica através do Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB).

O Ano Internacional da Biodiversidade foi lançado oficialmente no passado dia 11 de Janeiro, numa cerimónia que terá tido lugar no Museu de História Natural de Berlim que contará com a presença da chanceler alemã Angela Merkel, do Ministro alemão do Ambiente, Conservação da Natureza e da Segurança Nuclear, Norbert Röttgen, do Director executivo do Programa Ambiental das Nações Unidas e do Secretário executivo da Convenção sobre a Diversidade Biológica, Ahmed Djoghlaf, entre outras personalidades.

Já fez alguns meses que, entre amigos, fiz alusão à relevância que 2010 teria para a Biodiversidade. Na altura, e porque não quis adiantar muito sobre o tema, a dúvida terá pairado no ar. E agora, já sabem o porquê daquela minha afirmação? 😉

II Encontro de Educação Ambiental

Terá lugar, nos dias 3 e 4 de Fevereiro de 2010, das 09H00 às 17H30, no auditório da Escola Superior de Educação de Bragança do Instituto Politécnico de Bragança, o II Encontro de Educação Ambiental – Divulgação de Práticas e Partilha de Experiências.

Este evento, que conta com a participação da colega, Técnica de Saúde Ambiental, Carla Quintas, surge num contexto de continuidade, objectivando a preocupação que a todos pertence – O respeito e interacção com o Ambiente, num clima de sustentabilidade e com o propósito de evidenciar a componente prática da Educação Ambiental, expondo actividades e reflexões que se têm vindo a desenvolver, tanto a nível particular como em instituições nacionais a esta área dedicadas.

Contextualizado na Licenciatura de Educação Ambiental e sendo momento de avaliação da unidade curricular de Produção de Eventos, este encontro decorrerá ao longo de dois dias, e contará com a presença de oito oradores e três especialistas responsáveis por oficinas práticas, terminando no segundo dia com um percurso pedestre no Parque Natural de Montesinho.

Destinatários: público em geral, estudantes, todos os que desenvolvem acções na área da Educação Ambiental e todos aqueles que tenham especial interesse nesta temática.

Mais informações: ficha de Inscrição On-line; programa do Encontro; e regras para a submissão de posters.

Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) abre portas à Saúde Ambiental

Foi hoje notícia, no Jornal  Destak, que recém-licenciados do curso de Saúde Ambiental da Escola Superior de Saúde de Beja vão poder estagiar na Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) para aplicarem conhecimentos que adquiriram ao longo da sua formação, em particular na área da segurança, higiene e saúde no trabalho.

Esta é, sem dúvida, uma excelente notícia que pode ser lida na integra aqui. Parabéns aos colegas que estiveram na génese do protocolo entretanto assinado e que propícia esta “nova” oportunidade.

A dúvida que entretanto me assola é se, referindo-se eles a “recém-licenciados”, estaremos nós a falar de estágios profissionais? Só pode!

Sistemas de Gestão Integrados de Ambiente, Qualidade e Segurança e Auditorias

Irá começar a 20 de Fevereiro de 2010 o Curso em Sistemas de Gestão Integrados de Ambiente, Qualidade e Segurança e Auditorias, promovido pela Escola superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL) e cujo prazo de candidatura termina a 5 de Fevereiro.

Este curso surge pelo facto de cada vez mais as organizações implementarem Sistemas de Gestão nas áreas do Ambiente, da Qualidade e da Segurança, Higiene e Saúde do Trabalho, verificando-se como vantajosa a integração dos mesmos. Neste contexto as organizações requerem técnicos com conhecimentos nestas áreas, dando preferência a técnicos com policompetência.

Com este curso pretende-se oferecer os conhecimentos essenciais para a integração e auditoria a Sistemas de Gestão AQS, de forma a proporcionar um maior nível de versatilidade e qualificação aos seus formandos nestas áreas de trabalho.

Os formandos deverão adquirir conhecimentos no domínio da implementação dos Sistemas de Gestão Integrados (Ambiente, Qualidade e Segurança – AQS) e nas técnicas e metodologias de realização de auditorias a estes sistemas:

  • Adquirir bases para a Implementação de Sistemas Integrados de Gestão ASQ – requisito a requisito;
  • Compreender a principal legislação Ambiental e de Segurança, Higiene e Saúde do Trabalho (SHST);
  • Compreender técnicas e metodologia de auditoria a Sistemas Integrados de Gestão AQS – ISO 19011;
  • Compreender como se prepara, realiza e elabora o relatório de uma auditoria a Sistemas Integrados de Gestão AQS, através de exercícios de simulação.

Mais informações aqui (ver folheto).