IV Encontro Nacional de Alunos de Saúde Ambiental (ENASA 2012)

O IV Encontro Nacional de Alunos de Saúde Ambiental (ENASA 2012), cuja organização está a cargo dos estudantes de Saúde Ambiental

da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTESL), e que terá lugar na cidade de Lisboa, já tem data prevista!

Este encontro terá lugar nos dias 29 e 30 de novembro e 1 de dezembro de 2012, no auditório da ESTeSL/ESEL, no Parque das Nações.

De acordo com a informação veiculada no sítio do IV ENASA (também apelidado de ENASA 2012), os temas definidos para debate (em painel ou mesa redonda) são: (i) Saúde Ambiental, o Futuro; (ii) Mobilidade Internacional; (iii) Investigação em Saúde Ambiental; (iv) Eco-Escolas no Ensino Superior; e (v) Empreendorismo.

Para além dos temas já enunciados, haverão ainda oficinas temáticas de reciclagem, autopromoção, micologia ambiental e intervenção em emergência, assim como atividades de âmbito sócio-cultural.

Este ENASA 2012 promete fazer justiça ao sucesso das edições anteriores, na sequência do esforço levado a cabo pelos estudantes da Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Beja (I ENASA), da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra (II ENASA) e da Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Porto (III ENASA).

Sugerimos que se vão mantendo atentos ao sítio do evento. Naquilo que a nós diz respeito, iremos também fazendo atualizações acerca deste assunto, aqui e na nossa página do Facebook.

Eco-Escolas integrador

No decurso da semana que está prestes a terminar, mais precisamente no passado dia 10 de outubro, teve lugar em Gondomar o Encontro Nacional Dia das Bandeiras Verdes. Foi nesse dia que nove elementos da comunid

ade académica da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL) se deslocaram àquela cidade para receber a Bandeira Verde 2011/2012, atribuída às instituições de ensino como forma de reconhecido do trabalho desenvolvido em benefício do ambiente e sustentabilidade, as quais são classificadas Eco-Escolas.

Da esquerda para a direita: Daniela Fonseca, Diana Aniceto, Mateus Santos, Ana Monteiro, André Falé, Alfredo Duarte, Tiago Faria e Vítor Manteigas.

A ESTeSL garantiu pelo segundo ano consecutivo a atribuição deste galardão e a respetiva menção enquanto Eco-Escola, fruto de todo o trabalho desenvolvido pela comunidade académica, com natural destaque para os estudantes do curso de licenciatura em Saúde Ambiental. Da comitiva que se deslocou a Gondomar constaram dois funcionários não docentes (Alfredo Duarte e Ana Raposo), dois docentes (coordenadores do programa eco-escolas e docentes da área científica de Saúde Ambiental, Ana Monteiro e Vítor Manteigas) e cinco estudantes (André Falé, Daniela Fonseca, Diana Aniceto, Mateus Santos e Tiago Faria). A Daniela Fonseca, estudante do curso de licenciatura em Medicina Nuclear, foi a escolhida entre os pares, todos estudantes de Saúde Ambiental, para receber a Bandeira Verde. Este terá sido um sinal claro de que o Eco-Escolas se quer integrador, devendo ser assumido por todos, independentemente do curso ou área científica, como um projeto escola… um projeto da ESTeSL.

De esquerda para a direita e de cima para baixo: André Falé e Ana Monteiro (ESTeSL), Mafalda Aguiar e Gonçalo Pereira (ESTSP) e Daniel Eloy e João Almeida (ESTeSC).

Das atividades daquele dia constou ainda o concurso Eco-Tshirt Upcycling, dinamizado pela Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra (ESTeSC) e que teve no júri um docente e um estudante de cada uma das Escolas Superiores de Tecnologias da Saúde, onde se inclui a Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Porto (ESTSP), evidenciado-se, mais uma vez, que o Programa Eco-Escolas e a Saúde Ambiental, independentemente da instituição de ensino, são de facto integradores!!

Iniciativas de compensação de emissões de gases com efeito de estufa: desenvolvimento sustentável ou greenwashing?

Rafaela Feliciano, licenciada em Saúde Ambiental pela Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL) e mestranda do Instituto Superior de Educação e Ciências (ISEC) no curso de Gestão Integrada da Qualidade, Ambiente e Segurança e investigadora convidada no CIGEST – Centro de Investigação em Gestão do ISG – Business & Sustainability School está a desenvolver um projeto de investigação inovador em parceria com a Ecoprogresso, SA centrada no tema da compensação de emissões de GEE. A fase de divulgação dos questionários que irão fundamentar a sua tese “Iniciativas de compensação de emissões de Gases com Efeito de Estufa: Desenvolvimento sustentável ou Greenwashing? – O caso português” está a decorrer. Pretende-se com esta investigação perceber a evolução do mercado de compensações das emissões de GEE em Portugal considerando as politicas das empresas bem como as perspetivas do consumidor (cidadão) final. Esta tese procura responder aos seguintes objetivos:

  • Caracterizar a posição das empresas portuguesas relativamente aos mecanismos de compensação das emissões de gases com efeito de estufa;
  • Avaliar as metodologias utilizadas pelas empresas;
  • Caracterizar as campanhas de marketing associadas a estes mecanismos aplicadas pelas empresas portuguesas;
  • Identificar o grau de conhecimento e confiança dos consumidores nestes mecanismos.

No seguimento do processo de investigação, é importante recolher o maior número possível de questionários, de forma a ter uma amostra o mais representativa possível. Existem dois questionários a decorrer: um para ser respondido pelas empresas e outro dirigido aos consumidores de uma forma geral.

A pedido da Rafaela, agradecemos a vossa colaboração na persecução do estudo deste tema tão relevante para a economia Portuguesa.

Questionário das empresas: https://www.surveymonkey.com/s/B7TYT2B
Questionário dos consumidores: https://www.surveymonkey.com/s/GX96XMB

O questionário irá decorrer até ao próximo dia 23 de outubro.

Os Respigadores e a Respigadora

Os Respigadores e a Respigadora (do francês Les Glaneurs et la Glaneuse) é um filme documentário de Agnès Varda, onde a prevenção de resíduos se apresenta latente, decorrente do simples ato de respigar.

Hoje “respigámos” os Respigadores e a Respigadora, uma atividade em desuso mas que certamente tenderá a ganhar força nos tempos que correm justificando a notícia que dá conta de que “o lixo diminuiu cerca de 84 mil toneladas nos primeiros oito meses do ano relativamente a igual período do ano passado” (ver a crise chegou ao lixo).

E vocês, já alguma vez respigaram?

A partir de um célebre quadro de Millet, o filme de Agnès Varda é um olhar sobre a persistência na sociedade contemporânea dos respigadores, aqueles que vivem da recuperação de coisas (detritos, sobras) que os outros não querem ou deixam para trás. A respigadora, nesse sentido é Agnès Varda, que experimentando pela primeira vez uma pequena câmara digital, se quer assumir como uma “recuperadora” das imagens que os outros não querem ver nem fazer, e que portanto deixam para trás (“le filmage est aussi glanage”). Um filme lúcido e livre, mediado pelas “mãos que envelhecem” da própria cineasta.

Plano Nacional de Saúde 2012-2016: contributos e agradecimentos

Foi em maio de 2010 que, pela primeira vez, fizémos alusão ao Plano Nacional de Saúde (PNS), que na altura se pensava vir a ser para os anos 2011-2012 (ver Plano Nacional de Saúde 2011-2016). Naquela ocasião apelámos ao contributo de todos para a sua construção.

Naquele mesmo ano, em novembro, os estudantes que naquela aquela ocasião frequentavam o terceiro ano do curso de licenciatura em Saúde Ambiental da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL) foram notícia a propósito da sua participação na discussão pública do PNS (ver Estudantes de Saúde Ambiental dão contributo para o Plano Nacional de Saúde 2011-2016).

Hoje, voltamos a este mesmo assunto para sugerir, a todos aqueles que ainda não o fizeram, uma leitura cuidada daquele que é o documento final do Plano Nacional de Saúde 2012-2016, que contou ainda com  participação dos docentes da área científica de Saúde Ambiental da ESTeSL, Vítor Manteigas e Ana Monteiro, materializado no texto enviados pela direção da Escola (ver ESTeSL: Tecnologias da Saúde nos Cuidados de Saúde Primários).

O reconhecimento destes contributos vem agora espelhado no próprio Plano Nacional de Saúde 2012-2016, onde destacamos, mais uma vez, a referência aos “Alunos 3º ano Licenciatura Saúde Ambiental / Escola Superior Tecnologia Saúde Lisboa – Instituto Politécnico Lisboa”. Este é um reconhecimento que irá perdurar na história da saúde em Portugal. Parabéns!

Exposure to airborne ultrafine particles from cooking in Portuguese homes

Exposure to airborne ultrafine particles from cooking in Portuguese homes” é um artigo publicado no Journal of the Air & Waste Management Association (Taylor & Francis) e que teve a contribuição de Paula Albuquerque, docente da área científica de Saúde Ambiental da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL) e que contou igualmente com o contributo de docentes e investigadores do Instituto de Biotecnologia e Bioengenharia/Instituto Superior Técnico – Universidade Técnica de Lisboa e do Instituto Superior de Engenharia de Lisboa, Área Departamental de Engenharia Química.

E porque vos poderá ser útil, aqui deixamos a referência:

Exposure to airborne ultrafine particles from cooking in Portuguese homes
J.C. Bordado, J.F. Gomes, P.C. Albuquerque
Journal of the Air & Waste Management Association
Vol. 62, Iss. 10, 2012
DOI:10.1080/10962247.2012.699443

Cooking was found to be a main source of submicrometer and ultrafine aerosols from gas combustion in stoves. Therefore, this study consisted of the determination of the alveolar deposited surface area due to aerosols resulting from common domestic cooking activities (boiling fish, vegetables, or pasta, and frying hamburgers and eggs). The concentration of ultrafine particles during the cooking events significantly increased from a baseline of 42.7 um2/cm3 (increased to 72.9 um2/cm3 due to gas burning) to a maximum of 890.3 um2/cm3measured during fish boiling in water, and a maximum of 4500 um2/cm3 during meat frying. This clearly shows that a domestic activity such as cooking can lead to exposures as high as those of occupational exposure activities.

 

Implications:
The approach of this study considers the determination of alveolar deposited surface area of aerosols generated from cooking activities, namely, typical Portuguese dishes. This type of measurement has not been done so far, in spite of the recognition that cooking activity is a main source of submicrometer and ultrafine aerosols. The results have shown that the levels of generated aerosols surpass the outdoor concentrations in a major European town, which calls for further determinations, contributing to a better assessment of exposure of individuals to domestic activities such as this one.