O poder do gado bravo

Foi publicado hoje, no Diário da República Electrónico, o Decreto Legislativo Regional n.º 12/2010/A, que procede à primeira alteração ao Decreto Legislativo Regional n.º 37/2008/A, de 5 de Agosto, que estabelece o regime jurídico de actividades sujeitas a licenciamento das câmaras municipais na Região Autónoma dos Açores e onde, em algumas delas, intervêm as Autoridades de Saúde e os Técnicos de Saúde Ambiental.

O preâmbulo deste diploma reza assim:

Considerando a importância que as touradas à corda detêm em diversas ilhas da Região Autónoma dos Açores;

Considerando, ainda, que tais festejos representam um cartaz de interesse regional e de atracção turística, que se impõe seja preservado, mas que a sua realização importa elevados custos;

Considerando a importância que reveste a melhor clarificação e rigor das definições constantes do capítulo referente às touradas à corda, que melhor se compaginam com os usos da tradição, uma vez enraizadas na cultura popular da comunidade açoriana;

Considerando o contributo quer daqueles que mais perto lidam com este espectáculo quer das entidades envolvidas (…)

Já haviamos houvido falar do poder do gado bravo na Região Autónoma dos Açores. No final de Abril, na ilha Terceira, iremos confirmá-lo mas, para já, os índicios são evidentes.

O Saúde Ambiental… à mesa

Esta semana foi marcada, para já, pelo reencontro com as “origens”. Reencontro com um daqueles senhores que marcaram aquilo que sou hoje em termos profissionais.

Se para uns eu serei conhecido como “O senhor do Blogue“, Sousa Esteves (António Carlos Sousa Esteves) será, para mim, um dos grandes senhores da Saúde Ambiental.

Foi com ele que privei, profissionalmente falando, durante os últimos seis a sete anos que me detive pela Saúde Pública, no âmbito das minhas actividades de cariz regional, e foi com ele que percorri os roteiros gastronómicos de São Sebastião e de Alvalade, no coração de Lisboa. Com ele, à mesa, falávamos de saúde ambiental, de saúde pública, de qualidade do ar interior, de legionellas, de política… disto e daquilo.

Sentia saudades daquelas conversas e, mais do que disso, sentia saudades do senhor.

Médico de Saúde Pública de carreira, foi um daqueles que, de entre outros, sempre valorizou o papel dos Técnicos de Saúde Ambiental e que sempre pugnou pela valorização da saúde ambiental nos cuidados de saúde primários.

Esta semana, à mesa do “Luanda”, também o Saúde Ambiental… voltou a ser tema de conversa.

Porque sabemos que nos lê, aqui expresso publicamente o meu muito obrigado por se manter desse lado da mesa para que, entre garfadas, possamos continuar a falar destas e doutras coisas.

Ambiente – Uma Questão de Ética

A aldeia global em que vivemos oferece-nos, quase todos os dias, o espectáculo trágico de um imparável cortejo de múltiplas catástrofes. Ainda assim, a desflorestação prossegue, a ero­são dos solos aumenta, o ar e as águas apresen­tam níveis de poluição crescentes, a biodiversi­dade diminui dia após dia, o número de espé­cies extintas ou em vias de extinção engrossa dramaticamente, as alterações climá­ticas indu­zidas pela pressão antropogénica colocam em risco a vida na Terra.
Os jornais e a televisão dizem-nos que enquanto milhões de pessoas morrem à fome todos os anos, no lado rico do planeta biliões de animais são mortos em cada dia, para serem transfor­mados em bifes, peles, adornos, medicamentos, cobaias. E que grandes extensões de florestas virgens são destruídas diariamente para construir estradas, vias-férreas, complexos industriais e obter matérias primas. No ponto em que as coisas estão, um simples abanar da cabeça, ou uma interjeição pontual de irritação é pouco. O que se passa em redor é claramente errado e imoral. Por isso, o nada fazer não será também pouco moral?

O que este livro procura mostrar é que a crise ecológica é, em essência, uma crise de valores que afecta o modo com o Homem se relaciona com o seu mundo natural. Neste sentido, defende-se que a crise ambiental é também, por isso, a crise do humano, procurando mostrar que o respeito e a consideração por essa terra que dá a vida, é condição fundamental para o respeito e para o equilíbrio do ser humano consigo mesmo. A ameaça global interpela-nos para a urgência de repensar a nossa relação com o mundo natural e de recolocar noutros termos o  pensar e o agir, de acordo com os valores do respeito, sabedoria, prudência e responsabilidade.

Este é um livro da Colecção Gulbenkian Ambiente e cuja leitura nos parece ser interessante. Fonte e mais informações aqui.

Como publicar um artigo científico?

No âmbito dos “90 minutos com o Pedagógico“, dia 7 de Abril, irá ter lugar na Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL), uma sessão dedicada à  Publicação de Artigos Científicos e no qual se irá tentar dar resposta às seguintes questões:

  • Que tipo de artigos científicos existem?
  • O que é a revisão por pares (“peer review”)?
  • Como escolher a revista para publicar o meu artigo?
  • O que é um “Open Acess Journal”?
  • O que é o “factor de impacto” de uma revista?
  • O que são as provas de um artigo científico?
  • Qual a estrutura ideal para um artigo?
  • Quem ganha com a publicação de um artigo?
  • Tenho que pagar para publicar um artigo?

Se quiserem ver respondidas algumas das dúvidas que têm a próposito destas questões, inscrevam-se na sessão de “90 minutos com o Pedagógico” alusiva a este tema e que decorrerá na ESTeSL, a partir das 16 horas, no dia 7 de Abril (quarta-feira). Apesar da entrada ser livre, a inscrição é obrigatória e poderá ser feita até às 14 horas do próprio dia. Igualmente interessante é o facto desta iniciativa estar, de facto, aberta a qualquer interessado externo àquela escola.

Aviso à navegação

Caros leitores,
Por razões já sobejamente conhecidas (Hora do Planeta 2010), durante um período do dia de amanhã iremos apagar as luzes do Saúde Ambiental…

Muito provavelmente o nosso “apagar de luzes” não se resumirá ao período de uma hora, compreendido entre as 20h30m e as 21h30m. Por esse motivo pedimos as nossas desculpas, mas julgamos a intenção meritória e perfeitamente justificável.

Assim, aqueles que quiserem chegar até nós e tentarem entrar pela porta da frente (https://saudeambiental.net) irão encontrar-nos às escuras, pelo que vos pedimos que não nos visitem. No entanto, todas as mensagens já publicadas irão estar acessíveis através das respectivas hiperligações.

Onde estamos?… Estamos no Air Pollution and Health em San Diego

Onde estamos?… Alguém nos consegue dizer?
Depois de termos a resposta, o título do post será alterado para que todos saibam o que estamos ver.

Reconhecemos que este desafio é muito difícil. Por esse motivo iremos esperar até ao fim do próximo fim-de-semana, na expectativa que alguém regresse de lá e nos identifique esta imagem e nos conte como foi estar, algures por ali. Chegámos a ponderar também por lá passar… talvez noutra ocasião.

Confirma-se. Depois da ajuda do David e do Carlos Pinto, podemos afiançar que aquilo que vêem é a Marina de San Diego, na Califórnia, USA. É aqui, no Sheraton San Diego Hotel & Marina (edificação que se vê junto à Marina), que está a decorrer a conferência  Air Pollution and Health: Bridging the Gap from Sources to Health Outcomes (an International Specialty Conference by the American Association for Aerosol Research) e onde está, por estes dias, o nosso colega Nelson Sá, com dois posteres (Occupational exposure to carbon monoxide, comunicação já apresentada na SHO 2010, e Granite´s influence on the radon level in Vila Pouca de Aguiar (Village in Portugal)). Ficamos à espera que, após o seu regresso, nos conte como correram as coisas.

É bom ver a nossa Saúde Ambiental assim promovida.