Educação Ambiental: "nós estamos a crescer e o planeta vamos defender"

“Nós estamos a crescer e o planeta vamos defender” foi o nome que os então alunos de Saúde Ambiental, em estágio no ano lectivo 2005/2006, Sandra Peixoto e Bruno Barroca, deram à acção de Educação Ambiental, dinamizada numa das escolas de 1.º ciclo existentes na zona de intervenção do Centro de Saúde por onde passaram.

A acção consistiu na visualização de um pequeno filme da série “Capitão Planeta” (Captain Planet Foundation), seguido da apresentação de alguns conteúdos relevantes em termos de poluição ambiental (água, ruído, resíduos, etc) que foram, mais tarde, usados nos jogos pedagógicos.

Os alunos agruparam-se por Planeteiros e respectivos poderes: Kwame (poder da Terra); Wheeler (poder do Fogo); Linka (poder do Vento); Gi (poder da Água); e Ma-Ti (poder do Coração), sendo as actividades dinamizadas pelo Capitão Planeta (Bruno) e pela Gaia (Sandra)
O Capitão Planeta é um herói ecológico com poderes da natureza, sendo uma combinação dos poderes dos cinco Planeteiros intensificados. Todos os elementos e as forças da natureza estão à disposição do Capitão Planeta. A Gaia, que representa o espírito da Terra, é a protectora do planeta.

Fechado por motivos de greve

Aspirando legionellas

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Colheita de aerossóis em fontes decorativas, para pesquisa de legionellas.
Na fotografia, Técnicas de Saúde Ambiental Nélia Rosa e Sofia Fernandes.

A (nova) Doença dos Legionários

Foi publicado no sítio dos “Médicos de Portugal” um artigo do colega Sérgio Lourenço (Técnico de Saúde Ambiental), retirado do Jornal do Centro de Saúde de Carnaxide e cuja leitura propomos, algumas linhas abaixo.
Porque sabemos que muitos desconhecem que o normativo Prevenção nos Estabelecimentos Hoteleiros da Doença dos Legionários foi actualizado em Junho deste ano, sugerimos que façam o seu download e o leiam.
Em relação ao vosso local de trabalho não sei, mas nós por cá, e no que diz respeito à água quente sanitária, ela é recirculante, dispondo o sistema de um depósito de aquecimento. Eu, na qualidade de elemento da Comissão de Controlo de Infecção desta unidade de saúde, tenho alguns cuidados em relação a este e outros sistemas/equipamentos associados a esta questão. E vocês?

«O agente da infecção pode encontrar-se na água quente sanitária (chuveiros, banheiras, jacuzzis), nos sistemas de ar condicionado, nos aparelhos de aerossóis, ou nas fontes decorativas. A doença não se transmite de pessoa para pessoa, nem pela ingestão de água contaminada. Alguns dos sintomas são o cansaço, a dor muscular e as dores de cabeça. Veja como evitá-la.

O ano era o de 1976. Em Filadélfia, nos Estados Unidos da América, decorria uma convenção da American Legion (Legião Americana), quando várias pessoas que assistiam ao evento apresentaram sintomas que se assemelhavam aos da gripe. Mais tarde, veio a confirmar-se que este seria um surto de Doença dos Legionário, também conhecida por Legionelose. Apesar de não ser o primeiro caso documentado – o primeiro registo data de 1947 -, foi este surto que deu origem ao nome da doença.

Mas o que é isto da Doença dos Legionários?? Trata-se de uma pneumonia provocada por bactérias da espécie Legionella, a qual surge habitualmente de forma aguda e pode até, nos casos mais graves, conduzir à morte.

A bactéria Legionella encontra-se nos ambientes aquáticos naturais, tais como lagos e rios. No entanto, pode colonizar os sistemas artificiais de abastecimento de água, desde que encontre as condições favoráveis à sua multiplicação tais como a existência de nutrientes na água (biofilmes), estagnação da água (grandes reservatórios, tanques) e factores físico-químicos (temperatura, pH e corrosão das condutas). Vários estudos realizados indicam que o agente da infecção encontra-se preferencialmente na água quente sanitária (chuveiros, banheiras, jacuzzis), nos sistemas de ar condicionado, nos aparelhos de aerossóis ou nas fontes decorativas.

A infecção transmite-se por via aérea respiratória, através da inalação de gotículas de água (aerossóis) contaminadas com bactérias. Para as mentes mais alarmistas, é importante referir que a doença não se transmite de pessoa para pessoa, nem pela ingestão de água contaminada.

As primeiras manifestações clínicas surgem, em regra, cinco ou seis dias após a contaminação. O período de incubação pode variar, no entanto, de dois a dez dias.

Como prevenir a contaminação
A estratégia principal de prevenção da Doença dos Legionários consiste em evitar o desenvolvimento de condições que favoreçam a multiplicação de bactérias Legionella, nomeadamente nos sistemas e redes de água, e nos sistemas e condutas de ar condicionado. Assim, é de extrema importância a manutenção e limpeza regulares dos sistemas de ar condicionado bem como dos sistemas e redes de água, de modo a evitar a formação de nichos de bactérias.

Factores de risco
Os factores de risco incluem o tabagismo, doenças subjacentes (insuficiência renal, cancro, diabetes, doença pulmonar obstrutiva crónica ou alcoolismo), ou doenças que debilitem o sistema imunitário ou que imponham a medicação com corticóides ou quimioterapia.

Sintomas
– Rigidez e dor muscular
– Dor articular
– Cansaço
– Desconforto generalizado, inquietude ou mal-estar
– Dores de cabeça
– Febre
– Calafrios e tremores
– Tosse sem expectoração
– Tosse com sangue
– Falta de ar
– Dor torácica
– Falta de apetite
– Diarreia
– Ataxia (falta de coordenação)

Para os mais curiosos
A Legionella é um microorganismo, em forma de pequeno bastão, Gram negativo, não formador de esporos, que abriga uma espécie patogénica de grande importância para o homem moderno, a Legionella pneumophila, que causa a Doença dos Legionários. Este microorganismo foi reconhecido em 1979 e, até ao momento, estão descritas 52 espécies, as quais compreendem um número de serogrupos superior a 70.

Em Portugal a Doença dos Legionários foi pela primeira vez descrita em 1979, e a
doença é de declaração obrigatória desde 1999.

A doença atinge preferencialmente adultos com mais de 50 anos, sendo rara a incidência em pessoas com menos de 20 anos. De referir que a doença afecta duas a três vezes mais os homens do que as mulheres. Podem ocorrer casos da doença durante todo o ano. No entanto, são mais frequentes no Verão e Outono.

A taxa de mortalidade entre os pacientes com este tipo de pneumonia é de cerca de 15%, mas esse número aumenta de acordo com as doenças subjacentes.»

Para mais informações visitem (mais uma vez) o Microsite da Doença dos Legionários.

Sociedade Portuguesa de Saúde Ambiental

O sítio na internet da Sociedade Portuguesa de Saúde Ambiental (SPSA) tem novo visual.
Actualmente já dispõe de um espaço onde promove a divulgação de algumas actividades que se propõe realizar. A saber:
  • Acção de formação “Segurança Biológica e Química em Unidades Laboratoriais”;
  • Ciclo de colóquios “Saúde Ambiental é…”;
  • Encontro Internacional; etc…
Pretendem ainda, entre outras coisas, promover a publicação/divulgação de artigos científicos e a criação de uma newsletter.

Também já é possível saber “quem somos” (um espaço onde é evidenciada a missão, os valores, a vissão e a organização da SPSA), qual a consituição dos órgãos sociais e consultar os estatutos da sociedade.

No campo da “inscrição” têm ainda acesso às FAQ’s (frequently asked questions), onde poderão ver respondidas algumas questões.

Olhando a Saúde Ambiental

Hoje início aqui a rúbrica “Saúde Ambiental” na blogosfera.

Para já, ainda não são muitos os blogues e sítios na internet onde é feita referência ao “Saúde Ambiental. Salud Ambiental. Environmental Health. Santé Environnementale. Desempenhos de um Técnico de Saúde Ambiental.“, mas já há alguns onde constamos nas hiperligações “definitivas” (vulgus blogroll) e que irão, a partir de hoje, merecer destaque.

Começo por vos apresentar a Susana (é apenas por este nome que a conheço) e o seu “Olhares Meus“, onde constamos na lista de “Outros Olhares”.

A Susana é (recém) formada em Engenharia Biológica pelo Instituto Superior Técnico e passou grande parte deste ano no Departamento da Food Science da LIFE, na Universidade de Copenhaga, no âmbito do programa Erasmus, no reino da Dinamarca.

Para os mais curioso, sugiro também uma visita ao “Susana em Copenhaga“. Prometo que vale a pena.

Foi ali que desenvolveu o seu projecto que se baseou num “estudo de libertação/retenção de aromas (morango e baunilha, em princípio) a diferentes temperaturas em matrizes (géis) com beta-glucano provenientes de várias fontes, usando técnicas de cromatografia gasosa.”

Susana, obrigado pela referência e boa sorte na labuta profissional que se perspectiva.