Ao longo desta legislatura já vimos, segundo me recordo (e olhem que sou um rapaz de fraca memória), o “nosso” Primeiro Ministro dar três tirinhos no pé.
Fê-lo ao extinguir os Centros Regionais de Saúde Pública, quando no programa de governo valorizava o seu papel e admitia o reforço das suas competências (situação já aludida no Plano Nacional de Saúde 2004-2010).
Fê-lo ao quebrar a promessa eleitoral de referendar o Tratado de Lisboa (Tratado Reformador), anunciando que apenas o submeteria a um referendo parlamentar.
Acabou, por fim, por arrancar o dedo grande do pé ao assumir o Campo de Tiro de Alcochete como escolha para o novo aeroporto de Lisboa, quando sempre aludiu à Ota como local ideal sem alternativa à altura.
Reconheço que alguns tiros até se justificavam, mas ainda assim, todos eles, sem excepção, serviriam de argumento para que os agora poderosos, se na oposição, pedissem as cabeças dos respectivos ministros.
Meus caros, isto é política. E nisso, nós somos os melhores.