Estalagem do Gado Bravo que é agora uma estalagem de lixo…

A meio caminho entre Vila Franca de Xira e o Porto Alto, percorrendo a “Reta do Cabo” (troço da Estrada Nacional 10) avista-se a antiga “Estalagem do Gado Bravo”, outrora local obrigatório de paragem e um emblema da Lezíria. Desde os anos 80 esta estalagem é palco de um cenário de abandono replicado em muitos edifícios icónicos do nosso país. Após várias tentativas falhadas de voltar a dar vida a este local, resume-se agora a um acumulado de lixo, animais mortos e elevados riscos, tanto para o ambiente como para a saúde pública.

De uma estalagem de luxo a uma estalagem de lixo” é uma fotorreportagem da autoria das estudantes do primeiro ano do curso de licenciatura em Saúde Ambiental da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL), Margarida Bento, Mariana Caldeira e Mariana Neves, publicado no portal Jovens Repórteres para o Ambiente.

Criadouros de mosquitos colocam a saúde pública em alerta!

As alterações climáticas trazem com elas a crescente necessidade de responder de forma eficiente aos criadouros de mosquitos que surgem de forma natural, transformando-se este fenómeno numa potencial fonte de problemas para a saúde pública, sendo impreterível ter os locais devidamente identificados e sob vigilância.

O clima do nosso planeta tem sido alvo de grandes mudanças, com evidências na temperatura média do ar, no aumento do nível médio dos oceanos, no aumento da intensidade e frequência de fenómenos meteorológicos extremos, dentre outros.

De acordo com a informação disponibilizada pela Agência Portuguesa do Ambiente, a temperatura média do planeta está 0,85ºC acima da temperatura sentida no século XX. Estas alterações climáticas a que a Terra está a ser sujeita, já manifestam sinais claros no nosso país. Para Portugal é previsto que a temperatura média continue a aumentar e que cada vez mais tenhamos um menor número de dias com temperaturas frias.

Segundo a Agência Europeia do Ambiente, as alterações climáticas, nomeadamente o aumento da temperatura média do ar, são uma ameaça à biodiversidade, estando muitas espécies animais e vegetais a sofrer mudanças nos respetivos ciclos de vida. Estas mudanças tem um custo para o planeta, sendo fortes influenciadoras, por exemplo, do degelo dos glaciares, da subida do nível médio dos oceanos, da ocorrência de fenómenos meteorológicos extremos, que colocam em causa a vida selvagem e tem um custo muito elevado para a sociedade. As alterações do clima provocam ainda grandes impactos na saúde humana contribuindo atualmente, e de forma significativa, para a carga global de doenças e mortes prematuras.

Estas alterações derivam de algumas variáveis como temperatura e precipitação que afetam o desenvolvimento e comportamento dos vetores. A temperatura pode modificar o crescimento/desenvolvimento da população de vetores, conduzindo ao aumento ou aparecimento de doenças causadas pela maior frequência de picadas e maior área geográfica de contacto com os hospedeiros. A precipitação possibilita a criação de novos habitats, através de acumulações de água, que permite o desenvolvimento de larvas com o consequente aumento da população de vetores.

Os mosquitos tal como os restantes seres vivos do planeta estão em constante interação com outras espécies, estando inseridos na cadeia alimentar de algumas espécies.

Eles pertencem à classe Insecta e são conhecidos por serem transmissores de doenças muito importantes e com grande impacto para a Saúde Publica, como é o exemplo da Malária, da Dengue, da Febre Amarela, da Febre do Nilo Ocidentel, dentre outras.

No seu ciclo de vida existem várias fases em que se destacam dois estádios, o aquático e o aéreo/terrestre. A maioria dos mosquitos desenvolve-se em água doce sendo neste meio onde eclodem os ovos e onde se desenvolvem até à fase adulta (aérea/ terrestre).

Em Portugal o programa REVIVE (Rede de Vigilância de Vetores) investiga, vigia, avalia a presença ou ausência de espécies, mas também a capacidade destas em transmitir doenças, estudando por isso todas as fases de vida dos Mosquitos. O controlo/estudo é feito de janeiro a dezembro nos aeroportos, portos e fronteiras do país e de maio a outubro são feitas colheitas de amostras em diversos concelhos do país.

Dos resultados publicados no Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge – Relatório REVIVE 2018, constata-se que foram detetadas espécies invasoras e que a atividade viral detetada tem sido limitada aos flavivírus específicos de insetos não patogénicos para o Homem.

Estas ocorrências climáticas atrás referidas, terão impacto na proliferação de vetores de doença pelo planeta, sendo que no caso dos mosquitos, poderá ocorrer a disseminação global deixando de existir zonas endémicas de doenças transportadas por eles.

A circulação de mercadorias e pessoas entre os vários países e continentes proporciona o transporte de vetores nas várias fases de desenvolvimento. A disseminação dos vetores pode ser causada, não apenas por migração ativa dos mosquitos, mas também pelo transporte passivo nomeadamente automóveis, comboios, aviões entre outros meios de transporte.

Na Bobadela, concelho de Loures, existe um local junto ao apeadeiro da Linha do Norte que serve aquela vila, onde é frequente a acumulação de água. A água ali acumulada pode ter várias origens, sendo este um potencial criadouro natural de mosquitos, pois são águas estagnadas com crescimento de vegetação e acumulação de lixo. A água estagnada que ali se encontra poderá ter origem nas águas pluviais, sendo, contudo, potenciada pela saturação do solo naquela região, na medida em que está junto à margem rio Tejo.

Pelo que foi possível apurar, e apesar dos criadouros que são objeto de especial atenção serem os que se encontram junto da malha urbana, o local identificado não estava sinalizado nem tem sido alvo de acompanhamento no âmbito do programa REVIVE.

Acumulação de lixo nas águas estagnadas do apeadeiro da Bobadela.

Na sequência da denúncia desta situação junto das autoridades competentes, o local foi identificado e georreferenciado, tendo sido a União das Freguesias de Santa Iria de Azóia, São João da Talha e Bobadela notificada no sentido da proceder à eliminação daquela água estagnada, criadouro natural.

A localização deste potencial criadouro, junto à Linha do Norte, com acesso privilegiado ao principal eixo de circulação ferroviário do país por onde circulam diariamente milhares de pessoas, faz dele um fator de risco acrescido de disseminação de doenças veiculadas por vetores (mosquitos).

Criadouros de mosquitos colocam a saúde pública em alerta!” é um artigo da autoria das estudantes do primeiro ano do curso de licenciatura em Saúde Ambiental da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL), Fabiana Clérigo, João Anjos e Sandra Ferreira, publicado no portal Jovens Repórteres para o Ambiente.

Seminário ExPOSE

Seminário ExPOSETerá lugar no dia 18 de junho no Anfiteatro da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL) o Seminário ExPOSE.

Este Seminário surge no âmbito do projeto ExPOSE “Exposure Protocols in Occupational Settings” e tem como intuito apresentar os resultados obtidos.

O projeto ExPOSE é coordenado pela ESTeSL e realizado em parceria com o Instituto Politécnico de Setúbal, o Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto, o Centro Hospitalar de São João, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo e o Instituto de Tecnologia Química e Biológica António Xavier.

Este evento pretende difundir os achados científicos com a comunidade académica, científica e técnica e, ainda, propor protocolo para a avaliação da exposição ao microbiota em ambientes clínicos.

A participação no Seminário ExPOSE é gratuita, mas de inscrição obrigatória.

ICEH 2019: submissão de resumos e registo

International Congress on Environmental Health (ICEH 2019)

International Congress on Environmental Health (ICEH 2019) – “New” Challenges for the Future, que terá lugar entre os dias 25 e 27 de setembro de 2019, na Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL),  é um evento que decorre da organização conjunta da ESTeSL, da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra (ESTeSC), da Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico do Porto (ESS-IPP) e da Associação Portuguesa de Saúde Ambiental (APSAi) e que abordará temas como: qualidade do ar; qualidade da água; alterações climáticas e sustentabilidade; toxicologia e epidemiologia; segurança alimentar; saúde ocupacional; e gestão de resíduos, dentre outros.

Neste momento falta pouco mais de um mês para a data limite definida para a submissão de resumos e já é possível fazer o registo para a participação no evento, ainda a custo reduzido até ao fim do mês de maio. Apressem-se!!

Workshop “Prevenção e Controlo de Legionella nos Sistemas de Água”

Irá ter lugar no próximo dia 3 de abril de 2019, no Auditório Carlos Ribeiro – LNEG – Polo de Alfragide, o workshop “Prevenção e Controlo de Legionella nos Sistemas de Água“, promovida pelo Comissão Setorial para a Água (CS/04) e pelo Instituto Português da Qualidade (IPQ), dando continuidade a eventos anteriores da mesma génese.

Comissão Setorial para a Água (CS/04)

O workshop “Prevenção e Controlo de Legionella nos Sistemas de Água” tem como destinatários os profissionais de Ambiente e Saúde Pública, Autarcas, técnicos de unidades hoteleiras, termais, piscinas e spa´s, técnicos de Administração Pública Central e Regional, entidades e empresas ligadas ao uso da água, docentes, investigadores e estudantes, sendo que será de particular interesse para os técnicos de Saúde Ambiental, assim como para os estudantes dos cursos de licenciatura em Saúde Ambiental das diferentes instituições de ensino superior.

A participação no evento é gratuita, mas limitada à capacidade da sala e de inscrição obrigatória (até 29 de março).

A Legionella é uma bactéria comum que pode ser encontrada, em número reduzido, em ecossistemas aquáticos como rios, lagos ou reservatórios. Quando inalada pelo Homem, pode causar a chamada doença do legionário – uma forma pouco comum de pneumonia, que pode ter graves consequências, em termos de Saúde Pública. As áreas de maior risco de infeção são aquelas onde se podem formar os aerossóis, como chuveiros e torneiras, termas, fontes, repuxos, banhos turcos e saunas, humidificadores, sistemas de ar condicionado e refrigerado (torres de refrigeração e condensadores de vapor), mesmo se situados em telhados ou no solo. Os estabelecimentos públicos, nos quais se incluem unidades hoteleiras, termais, espaços comerciais, hospitais, piscinas, etc., mais do que os privados, devem ter um programa de controlo efetivo do crescimento da Legionella, para que o risco da doença seja minimizado.

Portugal eHealth Summit 2019

Irá ter lugar entre os dias 19 e 22 de março de 2019, no Altice Arena| Sala Tejo e no PT Meeting Center (em Lisboa), aquela que será a terceira edição da Portugal eHealth Summit.

A Portugal eHealth Summit é considerada a maior cimeira de inovação, tecnologia e saúde do país, e cuja organização é da responsabilidade da SPMS, EPE – Serviços Partilhados do Ministério da Saúde.

Portugal eHealth Summit 2019

Na edição anterior, em 2018, terão participado mais de 80 empresas e 45 startups, havendo o registo de cerca de 13 000 participantes em sala, 22 mil por live streaming e mais de 200 oradores, nacionais e internacionais, numa iniciativa distinguida com o Alto Patrocínio da Presidência da República. Em 2019, prevê-se que o debate venha a envolver ainda mais profissionais, mais entidades, organizações, escolas e cidadãos, que se espera contribuam para que Portugal afirme o seu posicionamento estratégico de “liderança do digital” em contexto europeu, numa área que reúne tecnologia, inovação e saúde e, simultaneamente, para que seja reconhecido, à escala internacional, como referência de boas práticas.

Face à relevância do evento, sugere-se a todos os técnicos de saúde, estudantes e demais interessados sobre as matérias da saúde, a garantirem desde já a sua inscrição (gratuita!) e participação no Portugal eHealth Summit.